Análise - My Wife Quest

Essa semana foi bem trabalhosa, mesmo assim, consegui concluir mais um jogo, no caso, o My Wife Quest.

Engraçado que há três semanas eu não tinha ideia de que esse jogo existia, muito menos do estúdio responsável por ele, que no caso, é brazuca. 

A primeira vez que vi algo sobre o projeto, foi no twitter, através de uma pequena animação. Fiquei curioso e resolvi solicitar uma chave do jogo a EastAsiaSoft.

Nas próximas linhas compartilharei a minha experiência com ele.

Sobre o estúdio

Antes de irmos para a análise, quero apresentar o estúdio responsável pelo desenvolvimento desse título. A Pippin Games é um estúdio brasileiro, focado na criação de jogos casuais/mid-core com temas divertidos.

Ele é formado por três pessoas: Ricardo Luiz (Programador/Designer de Jogos), Saulo Daniel (Artista Técnico) e George Franklin (Artista Principal). O estúdio lançou dois jogos até o momento: Kawaii Deathu Desu e o My Wife Quest.


Sobre o jogo

My Wife Quest é um jogo de ação e plataforma 2D. Nele controlamos Mia, uma ex- guerreira, que tem a incrível missão de resgatar o seu marido Fernando, que foi sequestrado por Morgana, uma Dark Elf. Durante a jornada, enfrentaremos as aliadas da Morgana, as Monsters Girls.
O game foi lançado para todos os consoles e a versão testada pelo Robô Barulhento foi a do Nintendo Switch.




Pontos Positivos

O primeiro ponto positivo que quero abordar tem relação com a direção de arte. O jogo é bonito e o design de personagens é bem feito. Ainda que o foco seja em Wafus, o jogo não apela descaradamente para situações constrangedoras, como vi em outros títulos. Os cenários são bem trabalhados, ricos em detalhes e com uma belíssima pixel art. 

No game temos uma loja que permitirá realizar upgrades nos equipamentos da heroína. Eu curti bastante os valores dessas atualizações, que são condizentes com o game, não sendo necessário horas e horas para recolher a quantidade necessária de dinheiro. Mas não pense que depois de atualizar todos os aspectos da ex-guerreria, que o jogo ficará fácil.

Os controles são precisos e respondem perfeitamente aos comandos, principalmente em momentos tensos como em algumas fases na parte final do game.

A distribuição dos botões foi bem feita, diferentemente de outro jogo que estou analisando. Parece algo trivial, mas fundamental para uma boa jogabilidade.

O level design é simples e competente no que diz respeito à proposta do jogo. É um jogo simples, desafiador e divertido.




Pontos Negativos

O primeiro ponto que considero negativo no jogo é o uso do escudo. O que considero comum em jogos é que o escudo é usado apenas para se defender, em alguns casos, para refletir/devolver projéteis (flechas, magias, etc) lançados em direção ao jogador.

Até aí tudo bem. O problema é que ao invés de eu atacar usando a espada, eu simplesmente fiquei refletindo os projéteis de alguns chefes. Pra mim, isso ficou ruim no jogo, porque venci uma série de Monsters Girls dessa forma.

Existe uma barra que limita o uso do escudo, infelizmente bastou eu comprar duas poções para manter o uso desenfreado desse recurso.

Outro ponto que achei ruim, não que não tenha sido corretamente implementado, mas é a forma que ele me incentiva a usá-lo. No caso, falo da eliminação definitiva dos inimigos. Eu não me senti incentivado e motivado a fazer isso. Nas primeiras fases executei todas, mas depois de um tempo, acabei deixando de lado, porque ficou extremamente repetitivo.

Por fim, algo que me incomodou um pouco foi o hitbox. O feedback que o jogo dá ao acertarmos o inimigo me passou uma sensação estranha. Às vezes parecia que eu não estava batendo no inimigo. Mesmo vendo a barra de energia dele se esvair.

Conclusão

Eu me diverti bastante com o jogo e gostei muito das batalhas contra os chefes. Há uma situação semelhante ao que ocorre na franquia Megaman, que me fez gostar mais ainda. Quem já jogou Megaman, vai entender o que estou falando.

Outro motivo para jogar o My Wife Quest é o fato do jogo ser desenvolvido por um estúdio brasileiro. É muito importante que valorizemos o cenário nacional de desenvolvimento de jogos.

Esta análise só foi possível graças a EastAsiaSoft, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança.