Análise - MindSeize

É no cenário indie que encontramos ótimos exemplos de jogos que se inspiraram no Super Metroid da Nintendo. MindSeize, jogo que será analisado neste texto, faz parte dessa lista. Ele não conseguiu trazer algo de inovador ao gênero, mas foi consistente do início ao fim, não deixando a peteca da diversão e do mistério caírem no chão.

O estúdio e o jogo

O título foi desenvolvido pelo estúdio finlandês Kamina Dimension. Eles lançaram o game originalmente no PC (Steam), depois de 2 anos o projeto foi lançado na plataforma da Nintendo.

O estúdio, segundo o site oficial, é composto por 6 pessoas, que se conhecem desde o colégio. O time participou de algumas Game Jams e foi graças a essas experiências que eles resolveram abrir um estúdio.

No jogo controlamos o agente M. C. Fox, que após um ataque ficou sem o movimento das pernas. Como se não bastasse, o líder do grupo cibernético terrorista sequestrou a mente da filha dele, usando uma tecnologia avançada de transferência de mente.

E é justamente essa tecnologia que permitirá ao protagonista transferir a sua consciência para um corpo cibernético. 

Pontos Positivos

A direção de arte desse jogo é incrivelmente bem feita. Os modelos usados nos personagens e nas criaturas do jogo são muito bonitos, com uma quantidade interessante de detalhes. O que me chamou a atenção na primeira vez que vi o protagonista fora da armadura, foi o uso de uma cadeira de rodas. Posso estar exagerando, mas acho que alguém que esteja nessa situação, possa sentir-se representado no jogo.

Essa beleza não se limita às criaturas que populam os planetas, mas se estende aos biomas que são divididos em áreas muito bem definidas. Esses espaços se conectam naturalmente, ou seja, a mudança acontece de uma forma gradativa, como se as áreas de fato se conectarem, como ocorre no mundo real.

O protagonista conta com duas linhas de habilidades, uma centrada no uso de armas de fogo e a outra focada em armas melee. O seu arsenal se expandirá, na medida que você explora o mundo. O jogo, como um bom metroidvania, te induz a explorar e a recompensa para isso são essas habilidades que aprimoram a armadura e consequentemente o estilo de combate do personagem. Eu finalizei o MindSeize faltando apenas uma habilidade melee.




Pontos Negativos

Durante o meu gameplay me deparei com dois problemas, na verdade, com duas situações que considero pontos negativos. O primeiro tem relação com o mapa, estamos em 2022 e muitos jogos ainda teimam em ter um mapa sem a possibilidade de incluir um pin/marcador. Isso facilita demais a vida do jogador.

O segundo problema tem relação com a movimentação do personagem, na verdade, com relação direta ao deslizar no chão. Essa habilidade é simples e muito comum em jogos. Quando um título se propõe a usar isso, ele meio que especifica que para usar isso, você precisa de um pequeno espaço, mínimo, para o personagem poder ficar abaixado, para só depois executar o deslize. 

Mas no caso do MindSeize, ele pode deslizar em um determinado ponto, bastando apenas estar pendurado na ponta do lugar. Isso eu achei bem estranho e nunca vi isso em um jogo. Pra mim, soou um pouco estranho. Mas isso não atrapalha o gameplay, ok?




Veredito

Eu me diverti bastante com o jogo, mesmo me perdendo em alguns momentos durante a jornada. O título é um excelente metroidvania com temática de ficção científica e recomendo demais que joguem ele.

Quem curte o gênero vai se deliciar com o título, porém torno a dizer que ele não trouxe nada de inovador, mas o resultado final é muito positivo.

Esta análise só foi possível graças a First Press Games, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança.