Análise - Ravva and The Cyclops Curse

Uma volta a era de ouro dos jogos de 8 bits.



O cenário brasileiro de desenvolvimento de jogos está operando a todo o vapor. Nos últimos anos temos visto diversos projetos promissores e lançamentos que valem cada centado do nosso suado dinheiro.

A desenvolvedora Galope Team publicou em 2019 um game que tem a capacidade de nos transportar, quase que imediatamente, para a era de ouro do nintendinho. O jogo em questão, é um título do gênero plataforma, com estética retrô (8 bits), que lembra muito alguns clássicos do passado, tanto nos gráficos, como na jogabilidade.

Importante: o título foi lançado originalmente para PC, mas recentemente ele ganhou versões para Xbox One, PS4 e Nintendo Switch. A análise de hoje é uma atualização do texto de 15 minutos do game, publicado aqui no blog. A versão testada, dessa vez, foi a do Nintendo Switch.



A história

Em Ravva and The Cyclops Curse você controla uma aprendiz. Sua mãe, uma poderosa maga, foi derrotada e petrificada por um terrível Ciclope. 

Resta a você a difícil missão de enfrentá-lo e livrar a maga dessa terrível maldição. A aprendiz contará com o apoio de quatro criaturas mágicas, que ao serem invocadas, a ajudarão a superar os desafios através de suas habilidades especiais.




Aprendendo a jogar

Assim que iniciamos o jogo, o sistema solicita que o jogador selecione um idioma. Eu escolhi o português do Brasil. Em seguida surge a tela do menu com algumas opções, dentre elas: iniciar o jogo ou iniciar o tutorial.

A segunda opção tem como objetivo ensinar ao jogador os comandos mais básicos do game. Eu selecionei essa para entender melhor as habilidades de cada um dos meus companheiros. 

O tutorial é simples, nele encontraremos pequenos desafios que só serão superados, se invocarmos a criatura correta. No total temos quatro monstrinhos:

  • Criatura Azul: dispara projéteis que tem o poder de congelar. Petrificando totalmente um inimigo ou deixando-os mais lentos.
  • Criatura Vermelha: dispara projéteis para cima, permitindo atingir determinados inimigos ou lugares.
  • Criatura Verde: dispara projéteis para baixo, lembra em muito pequenas bombas, e graças a essa criatura, poderemos quebrar um determinado tipo de bloco, permitindo o acesso a lugares específicos.
  • Criatura Amarela: ele não dispara nenhum tipo de projétil. O poder dele é revelar coisas escondidas: nuvens que servem de plataforma, moedas, itens escondidos.

Além das criaturas, a corujinha tem o poder de disparar projéteis amarelos, que podem destruir facilmente blocos da mesma cor e também os inimigos. Podemos melhorar esse poder, pegando um power-up, que pode ser encontrado na fase. 



O início da jornada

O começo do jogo é bem tranquilo, parece uma extensão do tutorial, porém com inimigos. O objetivo é avançar de um ponto ao outro, destruindo criaturas e portais. No final de cada estágio temos uma espécie de cristal, ao tocarmos nele, o estágio é concluído.

A jogabilidade é bem fluida, os comandos são precisos e temos a sensação de controlar perfeitamente o personagem, diferente do que tínhamos na década de 90 no nintendinho. 

Trocar as criaturas no game é fácil, no caso do Switch, basta pressionar os botões L ou R. É importante que o jogador memorize o posicionamento de cada uma delas, para que a troca ocorra de forma rápida, pois há situações que necessitamos trocar entre elas para derrotar ou atingir determinado lugar no estágio.

Com relação a chefes, temos apenas dois: um mini boss que é um inimigo um pouco maior, que se desloca de um lado para o outro e o último chefe, o tal do Cyclop. A batalha contra o primeiro é relativamente simples, mas o chefão final, esse sim vai exigir um pouco mais do jogador.



Gráficos e considerações finais

Eu sou um fã do estúdio e adorei a direção de arte do jogo. As cutscene iniciais do game são maravilhosas e ao meu ver Ravva and The Cyclops Curse poderia se tornar uma animação.

O level design é criativo e desafiador. Os personagens, dentro da estética 8 bits, são bem construídos e muito bem animados.

Os cenários são simples, como afirmei anteriormente, nos remetendo aos jogos da década de 90. Uma menção especial ao Cyclop, boss final do game, que possui uma animação incrivelmente bem feita. 

Como um fã de jogos indies brasileiros, eu recomendo que joguem o Ravva. Ele é um jogo desafiador, interessante e divertido. Torço para que o estúdio consiga terminar o desenvolvimento do seu próximo projeto, o Meawja.

Esta análise só foi possível graças a EastAsiaSoft, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. O jogo foi lançado para Xbox One, PS4, Nintendo Switch, PC.

Jogo: Ravva and Cyclops Curse
Versão analisada: Nintendo Switch
Lançamento: 2021 
Estúdio: Galope Team
Publisher: EastAsiaSoft

Trailer