Análise - Batbarian: Testament of the Primordials
Batbarian: Testament of Primordials é um jogo de plataforma 2D,
com elementos metroidvania. Ele me surpreendeu positivamente nos
primeiros minutos de gameplay, me impossibilitando de abandoná-lo nas poucas
horas vagas que tenho.
O título foi desenvolvido pelo estúdio Unspeakable Pixels e publicado
pela Dangen Entertainment. A versão que testei é a do
Nintendo Switch, mas você poderá jogá-lo em outras plataformas:
PC, Xbox One e Playstation 4.
Nas próximas linhas tentarei compartilhar com vocês a minha experiência com
ele, isso se eu sobreviver a queda.
Caindo sem parar
A história do game é extremamente simples. Você é acusado de roubar o ouro de
um bando de orcs. Mesmo tentando convencer o grupo de que você não fez isso, o
personagem é jogado em um buraco.
Durante a queda o personagem conversa mentalmente com a própria consciência,
aproveitando os últimos segundos de vida. Felizmente a morte não chegou para o
nosso personagem. Assim que ele acorda, percebe que está em uma profunda
caverna, diferente de outras, porque o lugar que ele está, segundo os antigos,
é tido como o lar dos Primordials. Cabe ao jogador, tirá-lo desse buraco.
Uma coisa que você percebe de cara, que o texto do game é bem escrito, simples
como afirmei anteriormente, mas com uma leveza nas piadas, que me fizeram rir
em vários momentos.
Outro ponto importante nos diálogos, são as múltiplas escolhas, que podem
desencadear determinadas situações. Claro que esse não é o forte do jogo, mas
foi muito legal nas poucas vezes que aconteceram isso.
Qual a sensação de entrar em uma caverna? De total desorientação, correto?
Isso senão tivermos nada que possa iluminar o nosso caminho. No Batbarian
temos o escuro como nosso primeiro inimigo, elevando o nível de dificuldade do
game.
Ela pode ser superada através do nosso companheiro brilhante, o morcego, ou
aperfeiçoando um dos atributos do personagem, que por sua vez, está
diretamente ligado a visão. Mesmo usufruindo dessa melhoria ou usando o amigo
alado, ainda me senti desorientado em vários momentos. Não falo isso de forma
negativa, pelo contrário, curti muito essa camada de dificuldade no jogo.
Felizmente os desenvolvedores tiveram a atenção e o cuidado de criar um menu
de acessibilidade, onde o jogador poderá remover a escuridão por completo.
Necessário? Sim, com certeza. Existem muitas pessoas com problema de visão,
que poderiam se frustrar com o game. Muitos poderão dizer: "Há, mas isso vai quebrar o jogo!!"
Independente da escolha, que jogador possa ter liberdade de jogar do jeito que
quiser.
Controles, inimigos e os chefes
Os controles são precisos e muito tranquilos de serem dominados. Eu não sei
como ficou nos outros consoles, joguei a versão do Switch Lite, mas curti a
forma como os botões foram distribuídos no console da Nintendo.
Meu único porém com os controles foi a utilização do analógico direito. Usamos
ele para lançar os frutos que farão com que o morcego execute uma ação ou no
lançamento de pedras, que farão com que pequenas alavancas sejam acionadas.
Tive momentos de dificuldade de lançar a pedra e pular ao mesmo tempo, pois o
botão de pulo fica muito próximo do analógico direito. Acredito que isso não
se limite somente ao Switch, mas se estende aos consoles de mesa.
Os inimigos desse jogo são cascas grossas. No início enfrentamos alguns slimes
verdes, mas com o assar do tempo novos inimigos vão surgindo, ficando cada vez
mais difícil de prosseguir no jogo. Um tipo que me incomodou bastante foi o
inimigo que lembra uma tartaruga.
Você só consegue derrotá-lo, se usar um fruto específico, que permite que o
morcego de um rasante no monstrinho, derrubando-o de ponta cabeça. Dessa
forma, conseguiremos infligir dando no nosso adversário.
A batalha contra os chefes são simples e muito gostosas de serem jogadas. Há
uma variedade interessante de adversários, tornando os embates únicos a cada
novo encontro.
Gráficos, sons e o mapa
Os gráficos são minimalistas e muito bem feitos. Se você prestar atenção, há
detalhes que conseguem refletir a luminosidade do nosso morcego. Eu achei isso
incrível.
A trilha sonora é competente e consegue criar a atmosfera necessária para o
game. O mapa é muito bem feito, tendo como componente importante a fogueira.
Esse item é muito importante, servindo de checkpoint e também de teleporte.
Você poderá se teleportar para qualquer ponto do mapa, desde que haja uma
fogueira já visitada. Outro ponto interessantíssimo são os pins, que podem ser
colocados no mapa, facilitando a vida do jogador.
Não posso deixar de comentar sobre os companheiros, que são de grande ajuda
durante a aventura. Eles fazem parte da jogatina e podem ser encontrados
durante a nossa exploração.
Vale a pena?
Se você é aquele tipo de jogador que mede o jogo pelo gráfico, sinto dizer,
que você perderá a oportunidade de jogar uma excelente aventura. Batbarian é
um metroivania incrível, que conseguiu me surpreender a cada nova
sala. Ele não é fácil, dependerá muito do empenho do jogador, mas no final das
contas, valerá cada minuto da sua jogatina.
Esta análise só foi possível graças a DANGEN Entertainment, que
gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui
o nosso agradecimento pela confiança.
Jogo: Batbarian: Testament of the Primordials
Versão analisada: Nintendo Switch
Lançamento: 2020
Estúdio: Unspeakable Pixels e Dangen Entertainment
Trailer