Análise - Arietta of Spirits



Arietta of Spirits é um jogo de aventura e ação. Nele controlamos Arietta, uma garota de 13 anos, que acabou de perder a sua avó.

A dolorosa perda faz com que a família se mude para a antiga casa da falecida. Uma cabana simples no meio da floresta. É nesse lugar que a garota conhece Arco, um espírito guia, que a ajudará em sua aventura.

O jogo foi desenvolvido pelo estúdio Third Spirit Games e publicado pela editora Red Art Games.



O que é um Elo?

O game aborda o luto, não se restringindo apenas ao sofrimento dos vivos, mas também ao sofrimento daqueles que não conseguiram fazer a transição para o mundo espiritual.

É nesse contexto que a personagem conhece Arco, uma criatura espiritual, que sente que a garota tem as características necessárias para se tornar um Elo.

Um Elo é uma pessoa que consegue ver espíritos e tem como missão ajudá-los na transição para o outro mundo. Para que isso aconteça, é necessário que ela resolva as pendências que prendem o espírito à nossa realidade.



Os primeiros passos

Arietta e a família tentam seguir com a vida. Percebemos isso no decorrer dos dias, realizando pequenas tarefas para a mãe ou para o pai.

Em uma dessas tarefas, Arietta resolve explorar um pouco melhor a ilha. Munida com uma espada de madeira, a garota se aventura em lugares desconhecidos. 

Os controles são bem simples, com o analógico direito controlamos a personagem, com um botão executamos o ataque com a espada, outro servirá para o uso da esquiva. Há um terceiro, que ativará uma determinada habilidade, assim que a conseguirmos durante a jogatina.

As coisas começam mais complexas quando encontramos o primeiro errante. Errantes são criaturas das sombras, que visitam a nossa realidade atrás de fontes de energia, que geralmente tem relação com algum espírito que não conseguiu fazer a transição.

Isso nos é revelado assim que conhecemos o Arco, o guia espiritual que nos ajudará na jornada. Ele modifica a espada de madeira da menina, tornando-a uma espada “espiritual”, com poder suficiente para destruir um errante.

Ao realizarmos a primeira grande missão, diga-se de passagem, um dos momentos mais emocionantes do game, a personagem decide aceitar o papel de Elo e resolve ajudar os espíritos espalhados pela ilha.



As belezas da ilha

Eu adoro games feitos em pixel art e esse é um dos mais bonitos que joguei nos últimos meses. Os cenários são belíssimos e bem detalhados. A ilha é muito colorida, em contraste com as cavernas ou o mundo espiritual, com tons mais escuros.

Os personagens são um show à parte. Cada um deles conta com uma quantidade significativa de expressões, tanto no boneco (sprite) na tela, como nas imagens dos diálogos.



As qualidades não se limitam apenas aos humanos, mas se estendem às criaturas das ilhas. Principalmente os chefes, que são incrivelmente bem feitos. Eu só senti falta de uma variedade maior de inimigos.

A parte sonora é competente e consegue transmitir na dose certa os momentos de tristeza, alegria ou tensão. 



Vale a pena?

Sim, vale a pena. O jogo não é difícil e não tem puzzles complicados para resolver. Isso pode destoar um pouco dos jogos da franquia Zelda, game que vem imediatamente à cabeça, assim que você bate o olho pela primeira vez no Arietta of Spirits.

Eu me diverti com o jogo e me emocionei em alguns momentos. O texto do game foi muito bem escrito e está totalmente localizado para o nosso idioma.

A versão que testei foi a do Nintendo Switch e não me deparei com problemas gráficos, sonoros ou com os controles, durante a jogatina. Tudo rodou perfeitamente bem e eu adoraria jogar uma continuação dessa belíssima história.

Esta análise só foi possível graças a Third Spirit Games, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança. 

Jogo: Arietta of Spirits
Versão analisada: Nintendo Switch
Lançamento: 2021
Estúdio: Third Spirit Games