Análise - Trigger Witch



O universo da bruxaria foi muito bem representado nos filmes da franquia Harry Potter. Mas antes do bruxinho fazer sucesso, o tema bruxaria já era recorrente em outras obras. Há seriados, animes, desenhos animados, que tentam contar ou recriar o universo bruxo. Mas nada se compara ao game dessa análise.

Imaginem um mundo onde bruxas que usam armas de fogo ao invés de varinhas mágicas. Onde bruxas criam munição e bombas, ao invés de poções.

Pois é meu amigo, é disso que o Trigger Witch se trata. Um jogo com visão superior, semelhante aos jogos da franquia Zelda, onde controlamos uma bruxinha, que precisa resolver uma série de problemas, antes que um portal se quebre.

O game foi desenvolvido pelo estúdio Rainbite e publicado pela editora EastAsiaSoft. O jogo está disponível no Xbox One, PS4 e Nintendo Siwtch.

Nas próximas linhas tentarei compartilhar com vocês a experiência que tive com esse jogo.



Faroeste mágico

Dos criadores de Reverie, Trigger Witch é um jogo de ação estilizado em 2D que se passa em um estranho mundo aberto onde a magia está desatualizada e as armas de fogo são o novo modo de vida. Os jogadores assumem o papel de Colette, uma potencial graduada da Stock, uma academia de feitiçaria e trigonometria. 

Depois que um homem misterioso invade seu reino, eventos são colocados em movimento que viram a vida de Colette de cabeça para baixo, colocando-a como a única heroína com poder de fogo suficiente para restaurar a paz.



Disparando para todos os lados

Os controles são precisos e a curva de dificuldade do game respeita o jogador, permitindo que dominemos os comandos na medida que a dificuldade aumenta. Com o analógico direito controlamos a personagem, com o direito a mira das nossas armas.

É importante frisar o quão bom é controlar a personagem. O meu único porém com relação a isso tem relação com a plataforma que eu joguei, no caso um Switch Lite. O analógico direito é muito próximo de alguns botões e isso me incomodou um pouco. Mas o problema está no design da plataforma escolhida, não no jogo.

O título não se resume apenas a tiroteios, há momentos de quebra-cabeças, onde teremos que usar uma de nossas armas para acionar determinados mecanismos. Em outros momentos teremos que explorar o ambiente a procura de itens ou pessoas, que permitiram que nossa personagem progrida na história.

Com relação aos inimigos, que em um primeiro momento parecem ser "apenas" fofinhos, eles se mostram inteligentes e prontos para revidar os nossos ataques. Se nos movimentarmos próximos deles, sem realizar nenhum tipo de ameaça, dependendo do tipo de criatura, eles não nos atacarão. Porém, se tentarmos algo, não só a criatura mais próxima nos atacará, como as demais, que as vezes, estão um pouco mais distantes, serão alertadas e o tiroteio começará.



Beleza nos gráficos e desafio a altura

Os cenários do jogo são bem coloridos, mas engana-se quem acha que o jogo é infantil. Na medida que derrotamos os nossos adversários, manchas de sangue se espalham pelo chão. Os efeitos presentes no game são muito bem feitos, inclusive o status que o personagem fica quando está próximo da morte.

A batalha contra os inimigos, tido como normais, é legal e tem o seu nível de dificuldade bem ajustado ao gameplay. Mas o brilho no jogo está nas batalhas contra os chefes. 

Outro ponto me surpreendeu foi o momento que peguei a vassoura mágica pela primeira vez. Deixamos o modo a pé e entramos em um modo semelhante aos jogos de navinha.



Vale a pena?

Sim. Trigger Witch apresentou uma história divertida, um universo colorido e um bom nível de dificuldade. O jogo é curto, é possível conclui-lo em 8 horas. Mas enfatizo que é melhor uma história direta, objetiva, que pode ser concluída em poucas horas. Do que um jogo grande, arrastado, que tem prende através de um mundo inflado por atividades repetitivas. Esse não é o caso do Trigger Witch. Recomendadíssimo.

Jogo: Trigger Witch 
Versão analisada: Nintendo Switch
Lançamento: 2021 
Estúdio: Rainbite
Publisher: EastAsiaSoft

Trailer