Análise - Habroxia




Minha experiência com jogos de navinha, os famosos shoot 'em up, começou na infância, em uma época que os arcades (fliperamas para alguns) eram encontrados facilmente em bares. Joguei muitos jogos desse gênero e o gosto por eles cresceu com o passar do tempo.

Dos arcades fui para o NES e posteriormente para o SNES. Tentei manter o gosto pelos shoot 'em up no PS1, mas não durou muito tempo. Depois de anos curtindo esse tipo de game, acabei abandonando o estilo e passei a focar em outros tipos de jogos. 

Para a minha alegria o gosto pelas navinhas voltou no momento que tive a oportunidade de jogar o Habroxia 2. Mas a análise de hoje não será sobre ele, mas sobre o seu antecessor: Habroxia 1.



Orientação e estrutura das fases

Uma das características mais marcantes desse game é a forma como ele lida com a orientação. Uma hora estamos na horizontal e de repente passamos para a vertical. Eu não lembro de ter visto isso em outros títulos do gênero.

Infelizmente não posso dizer o mesmo da estrutura das fases, que segue um modelo com pouca criatividade e uma quantidade mediana de inimigos por tela. O único atrativo aqui são os objetivos impostos no início do estágio, podendo ser a destruição de todos os adversários ou o resgate de astronautas.

Com relação aos astronautas, o jogador tem que tomar muito cuidado, porque os nossos disparos podem matar tanto os inimigos, como os astronautas. Os objetivos se resumem basicamente a esses dois tipos.



Controles, gráficos e sons

Os armamentos são simples e os poderes especiais seguem na mesma linha. Outro porém são os botões que foram escolhidos para o disparos. No Xbox One temos que pressionar os gatilhos, algo que me incomodou um pouco durante a jogatina. Na minha opinião seria interessante o uso de um dos botões X, A, B ou Y.

Os gráficos são feitos em pixel art e os modelos dos sprites possuem poucos detalhes. Ao meu ver o estúdio apostou em um caminho seguro, evitando qualquer tipo de "novidade". A consequência dessa escolha se reflete, infelizmente, no cenários, inimigos e nos chefes.

As músicas, ao meu ver, é o ponto mais negativo do game. Não há nada de inovador e pior, a música é repetitiva demais, chegando ao ponto de incomodar.



Luta contra os chefes e considerações finais

A batalha contra os chefes, ponto alto na sequência, deixa um pouco a desejar nessa versão. Eu senti que o game está muito fácil e não houve um embate sequer que tenha me marcado. Todos os confrontos acontecem no final do estágio e a expectativa que antecedia cada luta era grande, mas assim que o boss surgia, a decepção tomava conta. Infelizmente a parte dos chefes, nessa versão, é esquecível.

Vale a pena comprar o Habroxia 1? Depende. Se você já jogou a sequência, não recomendo, porque será difícil gostar dele tendo passado pelo maravilhoso Habroxia 2. Se você nunca jogou a sequencia e tem interesse em um game simples de navinha, vai fundo, mas recomendo que o pegue em uma promo.

Ficou curioso com o Habroxia 2? Para ler a minha análise publicada no Xbox Mania, basta clicar aqui.

Esta análise só foi possível graças a Eastasiasoft, que gentilmente nos disponibilizaram uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento pela confiança.