Análise - 9 Monkeys of Shaolin



Nos últimos meses temos visto o retorno triunfal dos jogos de briga de rua, os famosos beat n’ up. Street of Rage 4, Battletoads, Fight N’ Rage e outros, são bons exemplos de uma nova safra de títulos que conseguiram reviver o gênero através de mecânicas inovadoras e gráficos incríveis.

O 9 Monkeys of Shaolin faz parte dessa nova safra de jogos beat n’ ups e ao meu ver, ele não decepciona, pelo contrário, ele eleva um pouco mais a barra de qualidade dos jogos desse estilo.

A história

Wei Cheng, um mero pescador chinês, tem que vingar a morte de seus amigos e familiares. Eles foram massacrados em um ataque pirata em sua pacífica vila.

Ele inicia sua busca por vingança, mas falha ao se deparar com inimigos mais fortes. Mesmo conhecendo o básico das antigas artes marciais, o pobre protagonista quase morre em combate. Felizmente, monges budistas acabam salvando ele e se comprometem a ajudá-lo nessa jornada.



Combate

Se tem uma coisa que me deixa empolgado em um beat n’ up são as habilidades que os personagens possuem, principalmente quando há a possibilidade de evolução dessas mesmas habilidades.

Esse é o caso do 9 Monkeys, onde o personagem possui três posturas, cada uma com uma árvore de habilidades que pode ser evoluída na medida que avançamos no jogo. 

A primeira postura está relacionada aos ataques mais básicos: dois tipos de golpes com o bastão, um chute, uma esquiva e um movimento que devolve projéteis e alguns ataques diretos. Cada uma dessas habilidades possuem uma variante mais forte, executada quando seguramos o botão.

A segunda postura é a acrobática e a terceira é a mágica. Cada uma delas está associada aos golpes básicos, permitindo uma variação interessante de movimentos. Depois de um tempo, você sente que está na pele de um verdadeiro mestre shaolin.



Gráficos e Sons

Infelizmente o jogo não foi localizado para o nosso idioma. Mas a dublagem está perfeita e a parte sonora não deixa a desejar. Os gráficos são belíssimos, embora um pouco escuros em determinados pontos e as pinturas usadas para contar a história são verdadeiras obras de arte.

Os cenários são bem feitos e há um cenário no meio do canavial que dá uma sensação de estar em um filme. O meu único porém com a parte artística são algumas situações onde itens, os chás, ficam escondidos na parte inferior da fase. Às vezes você só consegue ver o ícone do botão para pegá-lo, porque passamos por cima do mesmo, mas se estivermos distante o item ficará lá, perdido.



O desafio do jogo e os chefes

Logo que iniciei o jogo, fiquei meio perdido com as habilidades e morri umas duas vezes. Depois de alguns minutos de jogatina, me senti um verdadeiro mestre da arte do kung fu. Mesmo tendo essa sensação, o game tenta equilibrar a dificuldade ao longo da nossa jornada. Com relação a isso, eu acredito que o balanço está perfeito. Agora com relação aos chefes, eu fiquei um pouco decepcionado.

A quantidade de batalhas contra os chefes é o ponto mais fraco do jogo. Além disso, eles não são tão difíceis assim de serem vencidos. Houve situações em que eu morri contra uma quantidade significativa de inimigos, que me rodeavam a todo momento, mas nos chefes, não senti dificuldade nenhuma.

O último em questão, eu achei bem tranquilo de vencê-lo, me senti quase que invencível diante dele. Eu gostaria muito que houvesse mais batalhas contra os chefes ou que eles fossem um pouco mais difíceis. Mas isso é apenas a minha opinião, pois há outro modo mais difícil no jogo.



Você recomendaria ele?

Sim, eu recomendo esse game. Ele é divertido, tem cenários maravilhosos e é uma excelente opção de beat n’ up. Eu adoraria que lançassem uma continuação para ele.

Esta análise só foi possível graças a Buka Entertainment que gentilmente me disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento e confiança.