Análise - Sigi - A Fart for Melusina



Diante de uma pilha de jogos, eu me perguntava: o que jogar nesse Carnaval? Depois de alguns minutos pensando, resolvi escolher Sigi - A Fart for Melusina. Um jogo curto, feito em pixel art, com uma pegada a lá Ghouls n' Ghosts (na aparência, não na dificuldade), que me divertiu bastante durante esses dias.

Um pouco de história

Basicamente a história gira em torno de um cavaleiro e sua amada sereia. Isso mesmo, uma sereia. No início do jogo nos deparamos com ela e é amor a primeira vista. A missão do guerreiro é salvá-la das mãos de uma terrível criatura, para tanto, ele terá que percorrer por 20 fases, derrotar todos os inimigos e chefes, para só depois tê-la em seus braços. A história é simples, sincera e objetiva. E o seu gameplay conversou demais com a criança que há em mim.



Contando piadas e enfrentando monstros

O jogo em certos momentos solta umas piadas engraçadas. Todas colocadas em contextos relacionados ao momento da fase, principalmente nas batalhas contra os chefes. E vou ser bem sincero, tirando o pum ao final de cada fase, em nenhum momento senti que o jogo exagerava.

O personagem tem basicamente duas habilidades para acabar com seus inimigos: pular e atirar projéteis. O pulo é igual a maioria dos jogos de plataforma, sendo que alguns inimigos você consegue derrotar pulando na cabeça. Outros exigirão o ataque com a espada/lança/frango, o tipo de arma mudará, dependendo do item que você pegou na fase.



Aqui faço a minha única reclamação referente ao game: o uso do disparo. Alguns inimigos são pequenos, a ponto de não conseguirmos atingir ele de imediato. Se apertarmos sequencialmente o botão de tiro, um deles pegará o inimigo. Como se os primeiros disparos fossem retos e alguns um pouco mais baixos. Eu particularmente prefiro que o jogo permita que o personagem abaixe, para assim dispararmos nesse tipo de inimigo.

A variedade de monstros é bacana e cada um deles possuem modelos bem desenhados. Os chefes são estranhos, mas estranhos de uma maneira cômica e o design deles é a melhor parte do game. O último então, nem me fale, não darei spoilers para não estragar a experiência de vocês, mas ele é o mais estranho e engraçado. A impressão que tenho que toda a parte gráfica foi feita com muito carinho, me remetendo aos jogos da era de ouro do SNES.

Controles, dificuldade e direção de arte

Os controles respondem bem aos comandos, embora eu tenha a impressão que o pulo, as vezes, tende a ficar meio solto, frouxo, como se eu não o controlasse 100%. Mas é só uma impressão, pois fui capaz de vencer os desafios do game tranquilamente.



Outro ponto importante são as vidas. Você consegue vidas recolhendo todas as letras da fase, que formarão a palavra SIGI. Algumas estão visíveis, outras encontram-se escondidas. Minha dica, se esforce para acumular vidas no início, pois no fim, elas farão falta. O jogo não é muito difícil, mas pode deixar você frustrado, caso não tenha dado a verdadeira importância em acumular vidas. Outra dica importante, fique atento a paredes quebráveis, no maior estilo Castlevania, para encontrar itens e letras.

O level design dos estágios são bem simples e objetivos. Os sprites usados nos personagens são bem detalhados e os cenários são bem construídos. O uso do parallax é bem feito, dando mais feitos de movimentação e profundidade. Curto bastante jogos feitos em pixel art, esse é um bom exemplo de como fazê-lo.




Sigi - A Fart for Melusina é um bom jogo, principalmente para aqueles que não possuem muito tempo para campanhas longas. Além disso, ele é um excelente jogo para jogar com as crianças, pois a sua curva de aprendizado é pequena. Fora que o mesmo está totalmente localizado para o nosso idioma. A versão que eu joguei foi a do PS4.

Eu adorei esse jogo e gostaria muito de jogar uma possível continuação, quem sabe um com mais mundos. Esta análise só foi possível graças a Pixel Games que gentilmente me disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento e confiança.