Análise - Micetopia



Às vezes tudo o que desejo em um jogo é a simplicidade. Não quero gráficos de última geração ou campanhas que duram uma centena de horas. O que quero, de vez em quando, é sentar e jogar algo simples e divertido. Micetopia se encaixa nessas características e quero contar um pouco para vocês a minha experiência com ele.

A história

Bem-vindo ao mágico reino medieval de Micetopia! Nele, os ratos vivem livremente em uma idílica aldeia rural. Porém, a história começa com todos os ratos sendo capturados e levados pelas forças do mal, ficando para trás apenas o ancião. 

Em Micetopia, você é um rato destemido que luta, pula e explora em sua jornada por um mundo envolto em mistério. Vença os inimigos, ganhe novos poderes e resgate seus compatriotas das garras dos captores. Estará você à altura do título de Herói de Micetopia concedido pelo ancião?




Como todos puderam perceber, a história do game é simples e bem objetiva. Assim que iniciamos o jogo, vemos Rich treinando com sua espada, até ser interrompido por um grito. É o ancião da vila que precisa urgentemente da sua ajuda para resgatar os demais habitantes da aldeia. O protagonista aceita o pedido, mesmo não tendo habilidades especiais para enfrentar o mal. O que ele tem, naquele momento, é apenas a coragem.

Simplicidade nos controles e nos inimigos

Os controles são bem simples: um botão para o pulo e outro para o salto. Na medida que resgatamos os aldeões, ganhamos como prêmio novas habilidades que podem ser: pulo duplo, disparo de flechas ou rolagem no chão. Há tanta simplicidade aqui, que ele não chega a usar todos os botões do game. É um bom jogo para se jogar com uma criança, pois a curva de aprendizagem dele é bem pequena.




A variedade de inimigos também é pequena, durante a jogatina encontraremos morcegos, goblins, tartarugas com pedras rosas, lagartos, coelhos e sapos. Fora eles, teremos mais 3 criaturas especiais, que serão os chefes do jogo. Nesse ponto, pode ser que alguns torçam o nariz pela falta de variedade, para mim foi o suficiente.

Gráficos e level design

A parte visual é interessante, mas simples em sua essência. Eu particularmente curti mais a parte da caverna, do que a floresta. Cenários, personagens e inimigos, seguem uma simplicidade interessante, condizente com o objetivo do game.

Agora a parte de Level Design ficou um pouco a desejar. Há situações nas fases que ficaram estranhas demais, como se existissem ali para completar a fase, sem contexto ou objetivo. Um exemplo é um trampolim em formato de cogumelo que não me levava para lugar algum.




Levando em consideração mais uma vez a simplicidade, eu acho ideal jogar essa aventura com uma criança. Sua estrutura segue a cartilha dos metroidvanias, pelo menos parte dela. Explicar para a criança a necessidade de ir e vir, para completar o jogo é bem legal.

Os únicos lugares que temos acesso no início do jogo são as cavernas e a aldeia. Depois de um tempo liberamos a floresta. Tudo isso pode ser visualizado através de um mapa, que mais uma vez, é bem simples. Um outro ponto importante sãos os portais, que podem te levar diretamente para a aldeia, com isso poderemos upar algumas habilidades do nosso personagem, para depois voltarmos ao ponto onde paramos. Porque não há outro meio, senão os portais, para encurtarmos as distâncias afim de visitar a aldeia de uma forma mais rápida. Outros portais nos levam para lugares secretos, para encontrarmos uma parte da fonte da aldeia. Ao todo são dez.



Micetopia é um bom game e curti vários aspectos dele durante a minha gameplay. Alguns pontos deixaram a desejar, mas o saldo no geral é bem positivo. Eu recomendo ele pelo preço, pela simplicidade e pelo tamanho da campanha, que é curta, mas muito proveitosa, a ponto de eu ter pego os 1000G no meu Xbox One. Outra coisa, o game é um bom exemplo para jogarmos juntos com as nossas crianças.

Esta análise só foi possível graças a Ratalaika Games que gentilmente me disponibilizou uma cópia para avaliação do jogo, fica aqui o nosso agradecimento e confiança.